Soneto do Despranto
E arde o sol ao rosto deste
Desgraçado, que vida em pranto,
Sem ter esperança que possa-lhe
Desvirtuar todo este manto.
Desgraçado, que vida em pranto,
Sem ter esperança que possa-lhe
Desvirtuar todo este manto.
Em quanto espera lua chegar,
Assaltar toda essa mágoa
Intrínseca ao foco no olhar,
Ponderado ao modo de andar.
Assaltar toda essa mágoa
Intrínseca ao foco no olhar,
Ponderado ao modo de andar.
Quando este devaneio cessar,
Livre calma alma se tornará,
Feliz de novo estar a sonhar.
Livre calma alma se tornará,
Feliz de novo estar a sonhar.
E arde o sol ao rosto deste
Graçado, por andar sobre este
Passado estorvo desgraçado.
Graçado, por andar sobre este
Passado estorvo desgraçado.
Por Pedro Nunes Rodrigues