
O sereno da noite cobria toda a folhagem da grama de pequenas gotículas de água. O brilho do luar refletia a beira do riacho ao fundo. Embaixo da árvore de grosso tronco e folhas verdes que protegiam tudo sob sua guarda, da direta luz que a lua cheia emitia como se ela se orgulhasse desse fato. Os grilos cantavam - doces sons - e saltitavam na relva, próximos demais do caderno e da caneta que jogados estavam ao chão sobre folhas e gramas. Ao lado, ele se encontrava, com seu olhar calmo e sereno observando as estrelas que faziam do céu uma pintura conceituada. Seus cabelos negros e lisos não se moviam exceto quando as fracas rajadas de vento sopravam de leve seu rosto molhado de lagrimas. Seus pensamentos, mesmo que longínquos de onde seu corpo, agasalhado e protegido do frio, se encontrava, pensavam em algo igualmente belo, porém, de belezas distintas. Aquele local era o mais perfeito ponto dos jardins do paraíso em terra, mas seus pensamentos se focavam no que para ele era a própria Eva. Mesmo que a beleza de seu canto favorito do mundo sempre o deixasse pasmo, Ela ocupava todo o espaço que sua mente – e seu coração – era capaz de fornecer. A bela jovem não estava presente, mas sempre estava, como em tinta óleo, gravada em seu coração. Amor. Esse era o único sentimento que poderia descrever para Ela e suas formas perfeitas, desde a silueta de seu corpo até os traços de seu rosto, sem que se mencione de seu espírito puro, bondoso e inocente que poucas humanas realmente tinha a capacidade de possuir.
- Perfeita!
Sua voz era como um sopro fraco que o próprio vento era capaz de abafar. As flores, os animais, os sons. Por mais que ali fosse o próprio paraíso escondido em um pequeno canto do mundo mortal, o mortal ainda se encontrava perdido em sua tentação quase divina. Ora, o que és capaz de provocar tamanha atração, tamanha paixão sobre humana? Ele estava perdido, em sua própria mente, fissurado em um amor que já não se encontrava mais presente, mas que, não importasse quanto o tempo passasse, sempre estaria ali com ele, como se nunca o tivesse deixado.
Suas mãos, em movimentos tristes e apaixonados, deslizaram sobre o ar, alcançando o caderno passando a escrever com clama ao mesmo tempo em que o sorrio transparecia aos poucos em seu rosto. Cada palavra que escrevia era dedicada e capaz de lhe fazer lembrar sua amada, por mais que ela já não estivesse entre vivos. Escrever sobre Ela era, para ele, como se a ressurreição Dela deixasse de ser a ficção de sua mente, mas realidade – mesmo que em papel e tinta fresca.
Suas mãos, em movimentos tristes e apaixonados, deslizaram sobre o ar, alcançando o caderno passando a escrever com clama ao mesmo tempo em que o sorrio transparecia aos poucos em seu rosto. Cada palavra que escrevia era dedicada e capaz de lhe fazer lembrar sua amada, por mais que ela já não estivesse entre vivos. Escrever sobre Ela era, para ele, como se a ressurreição Dela deixasse de ser a ficção de sua mente, mas realidade – mesmo que em papel e tinta fresca.
- Sentirei sua falta, minha amada. Mesmo que ainda sinta seu espírito comigo, sua presença sempre ira faltar.
O papel se molhava de lagrimas que caiam de seu rosto, mas a caneta não parava com seu trabalho, pois essa, era a única forma de suprir o desejo de tela novamente.
Por Pedro Nunes Rodrigues
Que lindo Pedro,
ResponderExcluireu tinha me esquecido que vc escrevia tão bem!
Eu realmente gostei dessa postagem, na verdade, eu quase chorei quando li!
Sinto saudades de você e de todo o pessoal!
Manda um bjão meu pra eles!
Quem sabe a gente marca um dia para irmos ao shopping ou coisa parecida?
bjs: Thalita
pode deixar
ResponderExcluirmarcamos sim
e fico muito feliz por ter gostado ^^